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Censura de diversas fases será destaque na coleção digital

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Por Redação
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Os anos de censura, especialmente aquela imposta pelo Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, terão destaque no acervo digitalizado do jornal. Os censores cortavam textos, fotos e ilustrações considerados subversivos pelo regime militar. Como não era permitido deixar espaços em branco, eles foram preenchidos por poemas de Luís de Camões (Os Lusíadas) no Estado e por receitas de bolos e doces no Jornal da Tarde. Julio de Mesquita Neto e Ruy Mesquita, que assumiram a direção após a morte do pai, Julio de Mesquita Filho, em 1969, resistiram à arbitrariedade até o fim da censura, em 4 de janeiro de 1975, comemoração do centenário do Estado, quando o presidente Ernesto Geisel levantou a restrição.O jornal voltou a ser censurado a partir de 31 de julho de 2009, ao ser proibido pelo desembargador Dácio Vieira de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou atividades suspeitas do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, no Maranhão. Há 887 dias sob censura, o Estado aguarda o julgamento do mérito do caso, após seu advogado, Manuel Alceu Affonso Ferreira, ter rejeitado pedido de desistência da ação feito por Fernando Sarney. / J.M.M.

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