O ex-prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio, foi confirmado como candidato do PDT à sucessão em Campinas na convenção deste sábado, 12. Antes do evento, outros dois pré-candidatos, Surya Guimaraens e Flamínio Neto, retiraram seus nomes da disputa interna.
Hélio foi alvo de impeachment em 2011 por omissão frente a casos de corrupção. Ele nega a acusação e diz que pode concorrer por já ter cumprido prazo de inelegibilidade. Rejeições de contas de seu governo ainda anulariam a candidatura, mas Hélio defende que elas foram julgadas fora de prazo. Em sua fala, buscou ressaltar ações de sua gestão. “Imagine se não tivesse o complexo hospitalar Ouro Verde (construído em região periférica). Quantos a mais morreriam na pandemia?” Ainda não há definição sobre vice.
Na noite de sexta-feira, 11, outro partido fez convenção na cidade. O PSTU oficializou chapa pura com a petroleira Laura Leal candidata a prefeita e o metalúrgico José Freitas, a vice.
Dr. Hélio é citado indiretamente na Operação Lava Jato como um dos possíveis favorecidos de um empréstimo de R$ 12 milhões que teria sido feito no Banco Schahin fraudulentamente pelo pecuarista amigo de Lula, José Carlos Bumlai. De acordo com as investigações, parte desse dinheiro teria sido repassado ao marqueteiro João Santana – preso pela força-tarefa desde 23 de fevereiro, na Operação Acarajé – que comandava a campanha à prefeitura do pedetista, em 2004.
Dr. Hélio ainda estava à frente da prefeitura no Caso Sanasa, um esquema de desvio de verbas, fraudes em licitações e corrupção na empresa de água e esgoto do município que culminou com sua cassação em 2011.
Ele voltou à política oficialmente em junho de 2015, quando reassumiu a presidência do diretório municipal do PDT.