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Caso no TJ da Bahia se arrasta há três anos

Por Valmar Hupsel Filho
Atualização:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aguarda há três anos, completos nessa terça-feira, 24, decisão da Procuradoria-Geral da República sobre um mandado de segurança que garantiu a continuidade do pagamento de supersalários a servidores do Tribunal de Justiça da Bahia. Com isso, servidores da Corte continuam recebendo vencimentos acima do teto constitucional, de R$ 28 mil. Em junho deste ano, por exemplo, o chefe de gabinete da presidência do tribunal recebeu pouco mais de R$ 45 mil brutos, resultante da soma de seu salário com vantagens eventuais. No portal do tribunal, que divulga salários dos servidores, é possível constatar que em maio um escrivão, lotado no Tribunal Pleno, recebeu R$ 50 mil em valores brutos. Com os descontos, seu vencimento líquido foi de R$ 40 mil. Em maio de 2010, o CNJ considerou ilegais os pagamentos do chamado "adicional de função", vantagens eventuais que servidores em cargos de comissão recebem em cascata e aumentam em até 400% o salário-base no tribunal. O Conselho Nacional de Justiça entrou com representação no Supremo Tribunal Federal para que o pagamento das vantagens adicionais fosse suspenso em caráter liminar.O STF ordenou suspensão dos pagamentos, mas um grupo de servidores impetrou imediatamente em seguida mandado de segurança que suspendeu a decisão. Um deles, um auditor do tribunal, recebeu R$ 45 mil brutos e R$ 35 mil líquidos em junho deste ano. Em 23 de setembro de 2010, o ministro do Supremo Celso de Mello expediu despacho para que a Procuradoria-Geral da República fosse ouvida sobre o caso. Desde então, aguarda-se o parecer do Ministério Público Federal sobre o assunto.

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