PUBLICIDADE

Caso derruba o 3º servidor do governo de GO

Por PEDRO PALAZZO e GOIÂNIA
Atualização:

Citado no inquérito da Operação Monte Carlo, o presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso, pediu desligamento do cargo na quarta-feira. A saída ocorreu depois de o governador Marconi Perillo (PSDB) dizer que qualquer auxiliar que fosse citado ou suspeito de envolvimento na quadrilha liderada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, "sairá ou pedirá para sair do governo".O governador não se pronunciou sobre a saída de Cardoso. A assessoria de imprensa informou apenas que ele e a ex-chefe de gabinete Eliane Pinheiro (que pediu demissão na terça-feira) "não cometeram nenhum deslize e saíram para não criar dificuldades para o governo".Além dos dois, Marcelo Siqueira desligou-se da função de procurador-chefe administrativo da Procuradoria-Geral do Estado. Ele é citado como um dos beneficiários da quadrilha de Cachoeira em relatório do delegado Deuselino Valadares, em 2006, antes de ser cooptado pelo grupo.Em entrevista, horas antes do pedido de demissão, o governador disse que Cardoso foi indicado pelo senador Demóstenes Torres (sem partido). Presidente do Detran desde o início da atual gestão, Cardoso é também presidente regional do PT do B.Cardoso diz ter conhecido Cachoeira em 1996, por meio de seu sogro, o ex-prefeito da Cidade de Goiás Boadyr Veloso, morto a tiros em 2008, ao sair de uma casa de jogos clandestinos no centro de Goiânia.O ex-presidente do Detran é citado em pelo menos três partes da apuração da PF. Em um dos trechos, ele aparece como destinatário do pagamento de R$ 15 mil. Ele diz ainda que dinheiro refere-se ao pagamento de uma dívida que Lenine Araújo - um dos principais auxiliares de Cachoeira - teria com seu sogro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.