Candidatos de Salvador dizem esperar debate propositivo

Por Tiago Décimo
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As coordenações de campanha de João Henrique Carneiro (PMDB) e Walter Pinheiro (PT), concorrentes do segundo turno na eleição municipal de Salvador, afirmam que esperam um debate propositivo, mas não vão fugir de provocações. Eles se referiram ao último debate da campanha, que será realizado amanhã, com transmissão pela TV Bahia. "Nossa intenção é fazer um debate de propostas, mas se o prefeito continuar atacando, estamos preparados para responder à altura", disse o coordenador da campanha de Pinheiro, Sidônio Palmeira. "Já repassamos com o prefeito as propostas de campanha e os números relativos à administração, mas ele é livre para reagir como achar melhor se for provocado", rebate Maurício Carvalho, coordenador de Carneiro, da coligação "A Força do Brasil em Salvador" (PMDB-PTB-PDT-PMN-PSL-PSC-PP-PHS-PRTB). Entre os assessores do prefeito, comenta-se que, como ele está na frente nas pesquisas, deve se manter distante do debate agressivo, contra-atacando apenas se for necessário. Porém, pelo que foi visto na última semana de campanha antes do segundo turno, a expectativa é de um festival de acusações. Os ataques mais freqüentes têm usado as palavras "incompetente", "mentiroso" e "covarde", dos dois lados. A campanha peemedebista, que aplica os adjetivos tanto ao governo estadual, do petista Jaques Wagner, quanto a Pinheiro, ainda dispara termos como "traíra" ao se referir ao PT - lembrando o fato de o partido, hoje adversário, ter abandonado o governo municipal em abril, para lançar candidatura própria na eleição. Já os focos dos ataques da campanha de Pinheiro, da coligação "Salvador, Bahia, Brasil" (PCdoB-PV-PT-PSB), têm sido supostos exemplos de má-administração por parte de Carneiro, acusação amparada pelo fato de as principais obras de infra-estrutura da cidade terem tido início apenas no último ano, e a aliança do PMDB com o DEM para o segundo turno, que tem sido qualificada como "retrocesso político".

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