Candidato questiona repasses a empresas e cooperativas de ônibus

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Por Redação
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Questionando sobre o tratamento dado pela Prefeitura às empresas de ônibus e cooperativas que atuam no transporte público em São Paulo, o candidato do PRB, Celso Russomanno, disse que pretende "mudar" o sistema. Levantando suspeitas sobre a relação da atual administração e as grandes viações, Russomanno afirmou que as grandes empresas recebem R$ 2,40 por passageiro transportado enquanto as cooperativas recebem apenas R$ 1,30. "Por que isso acontece? Por que uns trabalham com tão pouco e outros trabalham com tanto? O que tem por trás dessa história toda que tem de ser apurada? Por que os ônibus das empresas são velhos e os das cooperativas têm que ser mudados de quatro em quatro anos?", questionou.O candidato evitou falar em "máfia" do transporte, mas disse que pretende agir a partir do dia 1.º de janeiro, se for eleito. "Tem alguma coisa por trás do transporte coletivo em São Paulo, que é de péssima qualidade, que eu vou desvendar. Não sei se é máfia, mas que eu vou fazer com que isso funcione da maneira correta, eu vou", afirmou. Além do transporte, Russomanno disse que também estão no alvo as empresas de coleta de lixo. "Eu assumindo, estou mexendo nessas coisas. No lixo, no transporte coletivo e, acima de tudo, vou mexer na saúde."Financiamento. Apesar de despontar como um candidato competitivo, ele reclamou da dificuldade em arrecadar recursos para sua campanha. Como pretende atuar "com rigor" em relação à empresas de ônibus e empreiteiras de coleta de lixo, o candidato disse que vai restringir a arrecadação proveniente desses segmentos. "Não quero comprometimento com determinadas coisas que eu não aceito." O candidato disse ainda que adotará o modelo de transparência na gestão, com auditorias frequentes e a criação de uma corregedoria ligada ao gabinete do prefeito. "Se a prefeitura tiver de dizer que não dará o alvará ou a licença, vai dizer por quê. As pessoas terão de cumprir", disse Russomanno, que se comprometeu a tocar as obras em andamento, mas com restrições nos aditamentos. Durante a sabatina, o candidato disse que é alvo preferencial dos ataques dos adversários e que, apesar disso, não vai "baixar o nível da campanha". Questionado sobre o uso de verba da cota parlamentar de passagens aéreas para levar a filha a Nova York e a mulher a Montevidéu, ele disse que devolveu R$ 200 mil em passagens aéreas aos cofres públicos. "Não era dinheiro público, era pagamento pelas despesas que o parlamentar tinha", rebateu o candidato, elevando o tom. / D.C.

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