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Candidato do PSOL à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo é barrado de debate da 'Band'

A legislação, considerada 'estapafúrdia' pelo parlamentar, só prevê a participação de candidatos de partidos que tenham pelo menos dez deputados federais, o que não é o caso da legenda; uma discussão pública sobre o tema ocorrerá às 22h, no mesmo horário do debate, na Cinelândia, centro da cidade

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:
Em 2012, Freixo ficou em segundo lugar nas eleições municipais no Rio Foto: Wilton Junior/Estadão

RIO - Impedido de participar do debate da TV Bandeirantes, marcado para a próxima quinta-feira, o candidato do PSOL a prefeito do Rio, Marcelo Freixo, promete promover uma discussão pública, no mesmo horário, 22 horas, na Cinelândia, tradicional ponto de atos políticos no centro, com transmissão ao vivo nas redes sociais. Para Freixo, os adversários que rejeitaram sua participação no debate "aproveitaram-se de uma lei estapafúrdia que não existe em nenhum lugar do mundo".

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A legislação só prevê a participação de candidatos de partidos que tenham pelo menos dez deputados federais. Exceções são permitidas desde que tenham a aprovação de dois terços dos candidatos com presença garantida nos debates. No caso do Rio, são sete candidatos: Marcelo Crivella (PRB); Pedro Paulo(PMDB), Jandira Feghali (PC do B), Alessandro Molon (Rede), Flávio Bolsonaro (PSC), Indio da Costa (PSD) e Carlos Roberto Osório (PSDB). Freixo só poderia participar com a concordância de cinco dos sete candidatos.

Em uma primeira consulta feita pela Bandeirantes aos candidatos, a partir de uma petição de Freixo, Pedro Paulo, Flávio Bolsonaro e Indio da Costa discordaram da participação do candidato do PSOL. Uma segunda pergunta foi feita, sobre a participação dos onze candidatos (incluindo ainda os do PSTU, PCO e Novo). Foram contrários Pedro Paulo, Indio e Osório. Os candidatos argumentam que a participação de muitos candidatos prejudica a apresentação e discussão de ideias e sustentam que estão seguindo a lei.  Freixo aguarda a votação no Supremo Tribunal Federal (STF), prevista para amanhã, quarta-feira, da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo PSOL e do PV que questiona as novas regras de participação nos debates.