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Candidata diz ter programa em 'movimento'

A exemplo da questão LGBT, Marina não descarta mais mudanças em pontos específicos do plano de governo do PSB

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Por Wladimir D’Andrade e Ana Fernandes
Atualização:

A candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, não descartou novas mudanças no seu programa de governo porque, segundo ela, é característica das suas propostas estarem em constante construção. A ex-ministra tem sido cobrada por ter retirado propostas defendidas pela comunidade LGBT, sob a alegação de que teriam sido um “erro de processo”.

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Marina afirmou que desde que lançou seu programa de governo, na sexta-feira, o documento estaria em “movimento”. “Só as pessoas com pensamento excessivamente cartesiano podem imaginar que um processo complexo como esse não tenha complementações a serem feitas”, disse a candidata, na série Entrevistas Estadão.

A candidata do PSB disse que, em caso de vitória em outubro, é muito provável que o programa de governo sofra ajustes até a posse, em 1.º de janeiro de 2015. “Se ganharmos, no período de transição novos ajustes precisarão ser feitos.”

Marina também fez questão de ressaltar o caráter colaborativo do programa elaborado por sua equipe. “Uma questão importante é o fato que nosso programa de governo ter sido feito com a participação de mais de 6 mil pessoas. Fizemos vários seminários temáticos.” 

A presidenciável também tentou valorizar o documento, mesmo com as polêmicas provocadas por alterações feitas depois de sua divulgação. “Pior que ter um programa em movimento são aqueles que não apresentaram nenhum programa”, afirmou, em referência aos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), que divulgaram versões preliminares do documento.

Marina afirmou não ser a primeira vez que um programa de governo foi alterado antes das eleições. A candidata do PSB citou um caso envolvendo Dilma na eleição passada. “Em 2010, a presidente Dilma rubricou folha por folha e depois recolheu o programa inteiro por causa de menções a imposto sobre grandes fortunas, incentivos a invasão de terras e aborto”, disse.

LGBT. Marina voltou a justificar as mudanças nos pontos referentes à pauta do movimento LGBT e em relação à energia nuclear como um “erro de processo” e disse que, ao comparar suas diretrizes com a dos outros candidatos, os direitos civis das minorias estão melhor assegurados no seu programa.

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Um dos pontos que foram cortados do documento é o apoio ao projeto de lei 122, que equipara o crime de homofobia ao racismo, com a aplicação das mesmas penas previstas em lei. Outro recuo é sobre a união entre pessoas do mesmo sexo - no lugar do texto atual, havia a defesa do direito ao casamento civil entre homossexuais.

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