Em entrevista à GloboNews na noite desta sexta-feira, 1, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, disse que não vê motivos para que a sua mãe, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, se afaste do cargo caso ele seja eleito. O candidato argumentou que não haveria "ilegalidade" porque ela foi nomeada antes da sua eventual eleição. "(Ana Arraes) Tem feito um trabalho digno e respeitável. Ela não pode perder (o cargo) só pelo fato de ser minha mãe. Seria um absurdo constitucional", afirmou. Esse é um tema delicado para Campos, que trabalhou intensamente nos bastidores para eleger a mãe para o cargo em 2011, quando ainda era aliado do PT e governador de Pernambuco. Num primeiro momento, ele chegou a se recusar a responder à pergunta, alegando que somente Ana Arraes poderia falar sobre o assunto.Passe livre. Durante a entrevista, Campos afirmou também que a sua proposta de passe livre tem como foco estudantes de escolas públicas ou beneficiários de programas como o Prouni e o Pronatec, que dão bolsas a alunos de baixa renda em instituições privadas. "A nossa proposta é para estudantes que não podem pagar (pelas tarifas)", disse Campos. Segundo o presidenciável, a medida custaria cerca de R$ 12 bilhões por ano aos cofres públicos e seria bancada com a ajuda dos Estados e municípios. O presidenciável falou ainda sobre as suas propostas de expandir o ensino integral e de enviar um projeto de reforma tributária ao Congresso já no início do seu mandato.