Campos diz que pode governar com 20 ministérios, mas não diz quais

Candidato do PSB à Presidência apenas menciona Secretaria da Micro e Pequena Empresa como exemplo do que não precisaria ter pasta própria

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Por Gabriela Lara
Atualização:

Porto Alegre - O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, voltou a defender nesta quinta-feira a redução de ministérios e secretarias como forma de enxugar a máquina pública. "É possível, sim, governar o País com 20 ministérios, não só é possível como é necessário", afirmou nesta quinta-feira, 31. na capital gaúcha. O candidato não mencionou quais pastas cortaria.

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Nessa quarta, após sabatina realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com Campos, Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT), a atual governante questionou seus adversários sobre quais ministérios estariam dispostos a cortar caso sejam eleitos. Momentos, Aécio e Campos haviam prometido reduzir o número de cadeiras na Esplanada dos Ministérios. "Qual é o ministério que eles querem acabar? Me digam concretamente que eu discuto", alfinetou na ocasião a presidente. Na ocasião, os candidatos não detalharam quais pastas poderiam ser extintas.

Para Dilma, não seria possível aprovar uma nova política para o Simples Nacional sem a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, assim como não seria possível aprovar a Medida Provisória dos Portos sem a Secretaria dos Portos.

Questionado sobre a declaração da presidente, Campos afirmou que não esperava outra coisa. "Governando com 39 ministérios, distribuindo ministérios em troca de tempo de televisão, como se fez nos últimos 15 dias, imagine o que ela poderia dizer a não ser isso", disse.

O candidato do PSB afirmou que são necessárias propostas e medidas direcionadas a micro e pequenas empresas, mas não necessariamente um ministério com este fim. "Uma questão é a forma e outra é o conteúdo", avaliou. "Se a presidente quiser apresentar no programa dela novos ministérios, ela está à vontade (para isso). Eu vou apresentar a proposta de reduzir os ministérios. Esta é a minha opinião."

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