PUBLICIDADE

Campos 'cola' na vice e reedita Casas de Marina

Candidato à Presidência pelo PSB quer repetir na eleição montagem de rede de voluntários que cedem suas residências para fazer campanha

PUBLICIDADE

Por Daiene Cardoso
Atualização:

Atualizado em 08.07

PUBLICIDADE

BRASÍLIA - A coordenação da campanha do candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, anunciou nesta segunda-feira, 7, que será resgatado o modelo de comitê domiciliar usado por sua vice, Marina Silva, na campanha presidencial de 2010. Batizados à época de "Casas de Marina", esses comitês foram renomeados neste ano para "Casas de Eduardo e Marina".

O anúncio, feito após reunião de Campos com dirigentes regionais do PSB, explicita a estratégia inicial da campanha do ex-governador de Pernambuco: tentar colar a imagem dele à da ex-ministra, uma vez que as pesquisas apontam que Campos ainda é desconhecido por boa parte da população. Além disso, segundo levantamento do Ibope divulgada no dia 10 do mês passado, a intenção de voto no candidato do PSB sobe quando seu nome é associado ao de Marina.

As casas de 2014 terão a mesma função que tiveram em 2010: dar capilaridade à campanha, permitir a adesão de voluntários e pontos de distribuição de material por todo o País.

'Sou Eduardo Campos'. Na manhã desta segunda, eles cumpriram agenda em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Campos esteve todo o tempo ao lado de Marina, que foi mais notada pelo eleitorado do que ele. "Agora, estamos juntos. Ajudem a gente aí", pedia ela aos eleitores.

O ex-governador de Pernambuco, quando não era apresentado pelos correligionários aos eleitores, fazia questão de se apresentar a quem encontrava. "Bom dia, minha querida. Sou Eduardo Campos e essa é Marina", repetia o candidato a cada pessoa que se aproximava. Marina, por outro lado, era assediada para tirar fotos.

De camisa branca, calça jeans e tênis, Campos fez o estilo popular: tomou caldo de cana, pegou crianças no colo e puxava papo com camelôs e vendedores. "Você está sentindo as vendas mais fracas?", perguntou a um comerciante. "Estamos na luta aí para mudar esse negócio."

Publicidade

O candidato do PSB foi abordado no centro de Águas Lindas por um suposto primo de segundo grau, o eletricista Ângelo Fábio Braga Arraes, de 42 anos, que disse ser militante do PDT. "O formato da careca dele é a do meu avô", brincou Campos.

Em crítica à presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ele disse que escolheu dar início à campanha oficial "no Brasil profundo", onde "os marqueteiros e as fantasias que aparecem de vez em quando nas propagandas não resolvem".

No domingo, no primeiro dia oficial da campanha, Campos visitou uma comunidade carente de Ceilândia, cidade-satélite de Brasília. "Chegou a hora também da presidente Dilma sair detrás do marqueteiro e vir para as ruas falar com o povo e dizer o que ela fez nesses quatro anos, que a gente procura no Brasil real e a gente não encontra."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.