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Câmara arquiva processos e só tucano será investigado

Por Eugênia Lopes , Fabio Fabrini e BRASÍLIA
Atualização:

No mesmo dia em que o Senado cassou o mandato de Demóstenes Torres (sem partido-GO), a Câmara decidiu arquivar os processos contra os deputados Sandes Júnior (PP-GO) e Rubens Otoni (PT-GO) por suposto envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A comissão de sindicância, no entanto, votou pelo prosseguimento do processo contra Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).Pesa sobre Leréia a suposta sociedade dele com o irmão de Cachoeira em um avião. Ele é acusado ainda de usar o cartão de crédito de Cachoeira para pagar contas pessoais, além de ter utilizado um telefone Nextel cedido pelo contraventor. As decisões terão de ser ainda referendadas pela mesa diretora da Câmara. Se a mesa confirmá-las, Leréia responderá por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa. O relator, Jerônimo Goergen (PT-RS), argumentou que Leréia mantinha com Cachoeira "uma relação de negócios".Integrantes da CPI do Cachoeira disseram que a cassação do mandato de Demóstenes os faz crer na punição de outros políticos acusados de envolvimento com o contraventor. Além de tentar pôr um ponto final na blindagem dos deputados federais, a CPI aposta na punição do governador Marconi Perillo (PSDB-GO).O senador Pedro Taques (PDT-MT) não descarta a possibilidade de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos deputados e, se for o caso, a abertura de processos de perda de mandato contra eles. Protógenes. Por 18 votos contrários, 1 a favor e 1 abstenção, o Conselho de Ética da Casa rejeitou processo contra o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) por suas ligações com Idalberto Matias, o Dadá, apontado pela PF como araponga do esquema.

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