
05 de setembro de 2014 | 19h44
ESTEIO - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse que "a partir de hoje o Brasil não tem mais ministro da Fazenda", em dura crítica dirigida à admissão, pela presidente Dilma Rousseff, de que mudará a equipe econômica se conquistar seu segundo mandato. "A presidente anunciou ontem (quinta-feira, 4) que substituirá a equipe econômica e o País não pode ficar sem equipe econômica", destacou, por iniciativa própria, em breve pronunciamento aos jornalistas antes de responder a quatro perguntas de uma entrevista coletiva no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre, onde visitou a 37ª Expointer.
Para Aécio, Dilma desautorizou o ministro Guido Mantega "de uma forma inusitada". O tucano afirmou que "não se diz que vai substituir uma equipe econômica daqui a quatro meses" porque, com isso, "nenhuma das negociações de hoje passa a ter credibilidade". O candidato chegou a desdenhar, ressaltando que queria deixar a presidente tranquila porque, como ela vai perder a eleição, não terá de passar por tal constrangimento.
Aécio também reiterou que há "uma diferença muito clara" entre os compromissos que sua campanha assume e os da presidente. "Eu anunciei que, se eleito, nomearei o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Economia. A presidente anuncia seu ex-ministro da Economia", comparou. "Isso não sinaliza qual direção teremos na eventualidade de um novo governo do PT."
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