PUBLICIDADE

'Brasil é tido como exemplo'

Ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, avalia ações sociais do atual governo e as propostas do programa de Aécio Neves (PSDB) para o setor:

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O programa de Aécio diz que o Bolsa Família usará como medida de corte renda de US$ 1,25 por pessoa, seguindo padrões internacionais. Isso elevaria o valor do benefício básico de R$ 77 para R$ 90. O que acha? Nós já adotamos o critério de US$ 1,25. Mas é um critério de paridade de poder de compra, adotado internacionalmente e que não acompanha flutuações do câmbio. O que ele está propondo é a dolarização da economia, que teria consequências nefastas.E quanto à proposta de análise multidimensional da pobreza? Nós utilizamos o critério de renda apenas para identificar a pobreza, elegendo o público do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria. Depois disso desenvolvemos uma ação multidimensional. O aumento do crédito para a agricultura familiar, o programa Mais Médicos, os cursos de qualificação profissional, a instalação de cisternas na região do semiárido, é tudo parte desse projeto multidimensional.Eles afirmam que esses programas não conversam entre si. Parecem ignorar estudos internacionais sobre a questão. Existem dois modelos multidimensionais de avaliação reconhecidos internacionalmente, o do PNUD e do Banco Mundial. O último relatório do PNUD cita o Brasil como exemplo. A redução da pobreza multidimensional foi mais forte do que a questão monetária. E o estudo do Banco Mundial aponta resultados ainda mais impactantes.A senhora conhece o Programa Travessia, de Minas? Quem saiu da pobreza em Minas foi graças ao Bolsa Família. O governo estadual deveria ter complementado a renda, mas não o fez. Foi um dos poucos Estados que não fez isso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.