PUBLICIDADE

Boulos e Covas disputam periferia de SP

Tucano leva Marta para 1ª agenda, em Grajaú e Parelheiros; psolista circula por Heliópolis com Erundina e aliados da ‘frente de esquerda’

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Matheus Lara e Pedro Venceslau
Atualização:

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL), circularam neste sábado pela periferia, região em que ambos tiveram menor porcentual de votos no primeiro turno. As agendas tiveram como destaques as ex-prefeitas Marta Suplicy e Luiza Erundina, que têm forte recall na região. 

Após exaltar Marta no primeiro programa no horário eleitoral na TV, o prefeito Covas, candidato à reeleição, foi às ruas pela primeira vez ao lado da ex-prefeita. O tucano aposta no apoio de Marta para conquistar votos na zona sul da capital.

Marta Suplicy e Luiza Erundina em São Matheus, na zona leste, durantecampanha de 2010 de Dilma Rousseff. Foto: Foto: WILLIAM VOLCOV/NEWS FREE

PUBLICIDADE

Em razão da pandemia de covid-19, a ex-prefeita, de 75 anos, circulou pelas ruas dentro de uma caminhonete com paredes de acrílico, nos moldes de um “papamóvel”. Ela dançou, acenou para eleitores e fez um discurso, sempre no veículo. Já Covas, na agenda com Marta, foi caminhando pelas ruas. A decisão de colocar a ex-prefeita em evidência no segundo turno busca incrementar o desempenho do tucano na periferia, onde a ex-prefeita ainda é popular. Em 2016, o então candidato do PSDB à Prefeitura, João Doria, só perdeu em duas das 58 zonas eleitorais: Grajaú e Parelheiros. Em ambas a derrota foi para Marta, candidata naquele ano.

Quem também usa veículo protegido para ir às ruas é a ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL), vice na chapa de Boulos, que, aos 85, faz parte do grupo de risco para a covid-19. Boulos fez neste sábado caminhada com militantes em Heliópolis, na zona sul. Foi a primeira agenda de rua após a formação de uma frente do PSOL com outras sete siglas de esquerda. Boulos e aliados falaram sobre a importância da união para derrotar o PSDB.

Ele rebateu a fala do vice-presidente Hamilton Mourão de que “não há racismo no Brasil”. Ao comentar o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, em um Carrefour em Porto Alegre, afirmou que foi “racismo puro”. “Alguém consegue imaginar aquela cena com uma pessoa branca engravatada naquele mercado?”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.