SALVADOR – A ampliação da bancadas parlamentares do PSOL nos legislativos nacional e estadual foi ponto central das conversas do candidato do partido à Presidência, Guilherme Boulos, com correligionários durante sua viagem à Bahia. Além disso, foi discutida a divisão dos R$ 21 milhões do fundo eleitoral aos quais a legenda tem direito.
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O objetivo principal do PSOL em relação ao fundo eleitoral é que o partido consiga transpor a cláusula de barreiras, para não deixar de receber recursos - o que significaria a inviabilização da sigla. Nesse cálculo eleitoral, afirmou o vereador Hilton Coelho, a Bahia ficou com a responsabilidade por eleger pelo menos um deputado federal, além de elevar sua presença no legislativo estadual.
Para tentar chegar ao quociente eleitoral necessário, o partido lançará na Bahia 50 candidatos a deputado federal e 80 ao Legislativo Estadual.
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Boulos afirmou que o PSOL não poupará o governador da Bahia, Rui Costa (PT), candidato à reeleição. A candidatura de Marcos Mendes ao governo pelo PSOL, segundo o líder dos sem-teto, "terá a função de apontar os limites da gestão" do petista.
Nas reuniões entre o presidenciável e correligionários baianos, ficou acertado que o Rio de Janeiro será a prioridade do PSOL entre os Estados em que o partido terá candidatos nas eleições majoritárias. São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia farão parte de uma segunda faixa de prioridades.
"Nós estamos disputando essa posição de segunda prioridade, pelo grau de importância grande que a gente sempre teve e o desempenho positivo", afirmou o pré-candidato do PSOL ao governo da Bahia, Marcos Mendes, um dos responsáveis por receber o líder sem-teto no Estado. Boulos, porém, negou que discutiu esse assunto com os correligionários baianos.
Protesto
Na manhã desta quarta-feira, 6, Boulos participou de uma ocupação no canteiro de obras do BRT de Salvador. A manifestação, promovida por ambientalistas e movimentos sociais, pedia a discussão de alternativas para a mobilidade em Salvador e a interrupção da obra, de responsabilidade da prefeitura de da capital baiana, que tem sido criticada por ocasionar a derrubada de centenas de árvores na cidade.
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Financiada pela Caixa Econômica Federal, a obra, que inclui a construção de viadutos, é uma das apostas da segunda gestão do prefeito ACM Neto (DEM) para tentar melhorar o trânsito e o transporte público na cidade. Sem citar o nome de Boulos, a prefeitura de Salvador emitiu nota qualificando o protesto como "eleitoreiro".