
13 de agosto de 2013 | 02h04
Os investigadores têm dois argumentos centrais. O primeiro é que o acordo de leniência, firmado a 20 de maio pelo Cade com os executivos da Siemens, subscrito pelo Ministérios Públicos Federal e Estadual, não é um "acordo de impunidade". Eles cravam que a leniência protege cartel, mas que os contratos podem caracterizar outros ilícitos, que não são abrangidos pelo pacto, como corrupção e lavagem de dinheiro.
O segundo argumento é que o Ministério Público não tem que aguardar pela análise do Cade sobre os documentos recolhidos. Alegam que as instâncias e as investigações são e devem continuar independentes. Ponderam, ainda, que esse tipo de demanda não pode sofrer uma contaminação política, alvo de disputas entre agremiações partidárias.
Mesmo a PF está de mãos vazias. Seus agentes tiveram papel fundamental nas buscas nos escritórios das empresas citadas pelos delatores. Procuradores afirmam que os federais serviram só para "transportar" a documentação e não puderam nem verificar se, entre os papéis e dados armazenados em HDs, havia indício que pudesse levar à autuação em flagrante de acusados no escândalo.
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