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Aspirantes usam e-mail e até 'lista de apoiamento'

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Por Redação
Atualização:

A aproximação feita pelos autocandidatos em campanha pela vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) varia. Há quem envie e-mails deixando expresso o motivo do pedido de audiência: "Vaga no Supremo Tribunal Federal". Outros se aproximam dos conselheiros da presidente da República de forma mais reservada, solicitando um horário na agenda para uma "visita institucional". Há, ainda, quem prefira trilhar um roteiro mais tradicional, consultando pessoas próximas no governo sobre a chance de uma indicação e pedindo ajuda. Não querem aparecer como candidatos de si mesmos.Quando são recebidos, vão direto ao assunto. Revelam que têm o sonho de irem para o Supremo, relatam que têm currículos compatíveis com o tribunal - a Constituição federal exige notável saber jurídico do candidato -, entregam exemplares das obras que publicaram ao longo da vida, apresentam os currículos e ressaltam suas realizações acadêmicas.Outros candidatos apostam em fatores extra-profissionais. Os nordestinos, por exemplo, lembram que o ministro Ayres Britto era sergipano. A vaga deixada no tribunal deveria, então, ser preenchida por outro nordestino. Quem tem ligações políticas, especialmente com o Partido dos Trabalhadores (PT), faz questão de ressaltá-las. E há também candidatos que se apresentam como apoiados "pelos movimentos sociais". Os mais voluntariosos levam até "lista de apoiamento".Uma candidata chegou, no passado, a contratar uma assessoria de imprensa para que seu nome aparecesse nos jornais como cotada para a vaga. Outro candidato, depois de ter se reunido com integrantes do governo, reclamou de que seu nome não constava das listas publicadas pelos jornais com a relação de cotados para o cargo.

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