Araponga saiu em defesa do 'amigo' Protógenes Queiroz

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Por BRASÍLIA
Atualização:

Flagrado em conversas comprometedoras com o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, operador do esquema de Carlinhos Cachoeira, o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) disse ontem que manteve apenas conversas formais com ele. Apesar da tentativa do deputado de esconder sua proximidade com Dadá, pelo menos duas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram que, da parte do braço direito do contraventor, a situação era outra.Dadá não apenas fala de sua amizade por Protógenes, como também diz que chegou a se indispor com o então delegado da PF, Daniel Lorenz, para defender o amigo. No grampo do dia 20 de dezembro de 2011, Dadá fala com o policial civil Ventura sobre a nomeação de Lorenz para comandar o órgão.O araponga diz que Lorenz "é um cara bom", mas acrescenta: "Meu problema com ele é que ele queria que eu botasse o Protógenes na mão dele e esse negócio é o seguinte, cara, você vai para vala com os amigos, né?".Em outra conversa, no dia 14 de janeiro do ano passado, Dadá conta para um determinado Serjão que tentou arrumar emprego no gabinete de Protógenes para uma ex-secretária do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), derrotado na eleição: "Aí eu liguei para o Protógenes, eu sou muito amigo do Protógenes. Falei: Protógenes em seu gabinete como é que tá? Ele disse, tá fechado, não tem jeito de botar mais ninguém".O diálog0 também chama a atenção por ser um dos poucos em que Dadá fala o nome completo de Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, que deixou o cargo na terça-feira para se defender da acusação de receber propina para favorecer empresas. Autor do requerimento para criação da CPI do Cachoeira, Protógenes afirmou anteontem que os diálogos não o impediam de compor a comissão, já que não tinham relação com o grupo de Cachoeira.

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