
09 de dezembro de 2012 | 02h02
"Fatos novos surgiram a partir da análise de documentos apreendidos", disse o ministro. "Deixei claro aos senhores deputados e senadores que poderia até haver novos indiciamentos se surgissem fatos novos a partir da análise do material apreendido na operação. Seguramente, não houve nenhum descompasso entre o meu relato no Congresso e a investigação."
O ministro pondera, ainda: "Na Câmara e no Senado eu disse que, até aquele momento, não havia elementos para indiciamento da Rose por quadrilha. Mas ressalvei que fatos novos, a partir da análise de documentos e depoimentos, poderiam levar à ampliação dos indiciamentos."
Aos parlamentares, de fato, o ministro foi esclarecedor. "Rose foi indiciada em três delitos, corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica. O que se coloca no caso é que, ao ver das autoridades policiais, Rose não integrava a quadrilha, mas era uma funcionária subornada por ela. Ou seja, não participava do planejamento, nem da estrutura estável que qualificaria a quadrilha. Nada impede, todavia, que, se surgirem elementos, essa convicção da autoridade seja revista."
Cardozo enalteceu o diretor geral da PF, delegado Leandro Daiello, o superintendente da PF em São Paulo, delegado Roberto Troncon, e o presidente do inquérito, Ricardo Hiroshi. "A Polícia Federal está agindo estritamente dentro da lei, de forma muito competente, merece todo o aplauso." /F.M.
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