
03 de fevereiro de 2012 | 03h09
As relações entre os dois países não ficam abaladas, garantiu Vieira, "mesmo com o apoio financeiro e tecnológico de Dilma a Cuba". Ele lembrou que o Brasil, junto com a Espanha, "está prospectando petróleo em Cuba e colaborando em diferentes áreas". O) embaixador disse não acreditar em sanções, "pois sanções funcionam apenas para o governo' e quem sofre "são os mais desprivilegiados". O apoio a Cuba "não representa risco algum para o relacionamento com os Estados Unidos", acrescentou Vieira, lembrando que a presidente brasileira visitará os EUA nos próximos meses.
O embaixador também acredita que, vença um democrata ou um republicano, nas eleições do final do ano, a relação entre Brasil e EUA continuará confortável. "Independentemente do partido no governo, há valores e objetivos entre Estados", afirmou.
Há dois anos como embaixador em Washington, Vieira mostra-se otimista quanto ao desafio econômico que ronda os americanos e acredita que o comércio bilateral seguirá crescendo. "Desde 2008, o volume comercial cresceu exponencialmente, de 15% a 20%. Queremos um comércio equilibrado e exportações de alto poder agregado".
Autonomia. Em Brasília, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, defendeu ontem cedo, no programa Bom Dia, Ministro, a postura da presidente Dilma Rousseff em Cuba a respeito de direitos humanos. "A presidenta respeita o povo cubano como respeita outros povos, tem que respeitar autonomia", insistiu Carvalho, na contramão do que afirmaram entidades internacionais, como informou ontem o Estado.
Para o ministro, Dilma citou Guantánamo ao falar do tema porque "é importante lembrar que há um grande enfoque da questão dos direitos humanos apenas em um país como Cuba e ela lembrou que na própria ilha de Cuba há um pedaço do território que pertence aos Estados Unidos, onde a violação dos direitos humanos é histórica". / COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA
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