SÃO PAULO - Candidatos interessados no espólio eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, procuram fazer acenos à esquerda com críticas à austeridade econômica e promessas de investimentos sociais. Não há um roteiro tão óbvio para quem quiser cortejar os simpatizantes de Joaquim Barbosa que, desde a terça-feira, 8, perderam essa opção de voto.
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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal não chegou a apresentar ao eleitorado um discurso que possa ser assumido por um concorrente. Pelo contrário, parte de seu apelo era justamente não ter uma plataforma criticável.
Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, feita em abril, um em cada dez brasileiros pretendia votar em Barbosa. Sem tradição na política, e pouco presente no noticiário desde 2014, quando renunciou ao cargo no STF, ele ficou em empate técnico com nomes de alta exposição pública, como Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Um feito.
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O maior trunfo de Barbosa, porém, não era a taxa de intenção de voto, mas sua baixa rejeição, de apenas 12% – 17, 11 e 10 pontos porcentuais menor que as de Alckmin, Ciro e Marina, respectivamente. Seu teto de votos não era baixo. Havia espaço para crescer. Agora, só desconhecidos são pouco rejeitados.