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Suplente pode acumular mandato de vereador em SP

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Por Redação
Atualização:

Suplente de Marta Suplicy (PT) no Senado, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR) disse ontem que não vai abandonar a campanha à reeleição para a Câmara Municipal. "Continuo como candidato. Quinta-feira vou ao Senado me apresentar à bancada, mas continuo mantendo minha campanha em São Paulo", disse.Segundo especialistas em direito eleitoral, uma brecha no regimento do Senado permite que Rodrigues assuma a cadeira da petista após o término do pleito. A norma do Senado diz que, em caso de afastamento de senador para um ministério, seu suplente tem até 60 dias para se apresentar à Casa. "Dessa maneira, ele pode esperar o término das eleições para ver se é reeleito vereador. Se isso ocorrer, ele pode assumir o cargo de senador após as eleições e manter o mandato de vereador para a próxima legislatura", afirma Arthur Rollo, especialista em direito eleitoral.Assim, enquanto Marta estiver fora do Senado, Rodrigues exerce o cargo; quando a petista retornar à Casa, o vereador poderá retomar o posto na Câmara. Marta tem mandato até 2018.Ex-procurador da Assembleia, Rodrigues é vereador desde 2001. Tem força fora do Legislativo: mantém reduto no Campo Limpo, zona sul, à base de ações assistencialistas - e na Câmara, que presidiu de 2007 a 2010. É um dos cérebros do centrão, grupo criado em outubro de 2004 para ser o fiel da balança entre PT e PSDB. Nesse papel, impôs ao tucano José Serra uma derrota no primeiro dia como prefeito, em 2005, ao derrotar seu candidato à presidência da Câmara. O vereador é tão generoso com aliados quanto duro com desafetos. Na atual campanha, Rodrigues evitou colocar o nome de Serra em suas placas, alegando dificuldade em pedir votos para o tucano em um reduto petista. / DIEGO ZANCHETTA e RODRIGO BURGARELLI

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