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Alckmin pede ajuda ao PV para resolver impasse entre Haddad e França em SP

Cotado como vice de Lula, ex-governador busca solução entre PT e PSB na disputa ao Palácio dos Bandeirantes

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

O ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) pediu ao presidente do Partido Verde, José Luiz Penna, para que ajude a aparar as arestas entre o PT e o PSB na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O presidente do PV afirmou ao Estadão que pretende conversar com o ex-governador Márcio França (PSB) nos próximos dias.

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“Devemos trabalhar para harmonizar as candidaturas (de Alckmin e França), até como missão”, afirmou Penna. O impasse entre França e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) sobre quem deve ser candidato ao governo estadual tem sido um dos principais fatores para a indefinição de Alckmin sobre sua futura legenda.

Ao Estadão, no entanto, Penna disse que Alckmin não demonstrou qual seria sua preferência sobre quem deveria concorrer ao Estado e quem deveria tentar o Senado. E disse que provavelmente o ex-governador acabe mesmo indo para o PSB. "Conhecemos Alckmin, ele é um homem que cumpre acordos. Se o angu azedar muito com o PSB, ele vem para cá. Se o angu azedar. Se não, ele tem uma tendência de ir para o PSB. Ele e o Márcio são muito próximos”, afirmou.

Ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) se reuniu com o presidente do Partido Verde, José Luiz Penna, e pediu para que ele ajude a aparar as arestas entre o PT e o PSB na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Foto: Reprodução Instagram

Penna tem defendido uma federação entre seu partido, o PT, o PCdoB e o PSB. “Essa coisa de frente de esquerda é besteira, devemos ser o mais amplos possível”, disse. 

Mas, para o presidente do PV, a federação não deveria abarcar mais legendas. “Se a Rede e o PSOL, por exemplo, quiserem formar uma federação, e apoiar a candidatura de Lula, devemos estimular outras federações que também apoiem o ex-presidente. É meio inadministrável com mais de quatro partidos”.

Penna ainda afirmou que Alckmin está certo da candidatura a vice de Lula. “Eu acho que isso está explícito, porque nenhuma palavra dele foi sobre o governo do Estado. É um projeto do qual ele já não faz parte. E há que se prestar atenção a esse gesto. Privilegiar a política nacional é uma pessoa politicamente comprometida e que sabe da dificuldade do Brasil nesse momento."

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