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Alckmin defende Villas Bôas, que falou de possível 'legitimidade questionada' de presidente eleito

Para tucano, comandante do Exército Brasileiro 'não falou nenhum impropério' e 'é um democrata'

Por Matheus Lara
Atualização:

O presidenciável do PSDB nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, saiu em defesa do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro, que em entrevista ao Estado no domingo, 9, disse que o presidente eleito em outubro pode até ter sua "legitimidade questionada" em função da instabilidade do momento político do País.

Em sabatina no jornal O Globo, nesta quinta, 13, Alckmin disse que Villas Bôas "não falou nenhum impropério" e que é um admirador do comandante. "Sou admirador do general Villas Bôas. Eu não vi que ele tenha dito nada fora do comum, ele não falou nenhum impropério. Ele é um democrata, é correto", disse o tucano.

Presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) toma café no bairro de Pinheiros, em SP Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA

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Um dia antes, o candidato Ciro Gomes (PDT), também sabatinado pelo jornal, defendeu a não interferência de militares na política e disse que, se ele fosse presidente do País, Villas Bôas "estaria demitido" e talvez até "pegaria uma 'cana'" pelos comentários.

Ao Estado, Villas Bôas disse que o atentado ao deputado Jair Bolsonaro, candidato pelo PSL ao Planalto, “é a materialização das preocupações que a gente estava antevendo de todo esse acirramento dessas divergências, que saíram do nível político e já passaram para nível comportamental das pessoas".

Para ele, o ataque mostra que “nós estamos agora construindo dificuldade para que o novo governo tenha uma estabilidade, para a sua governabilidade e podendo até mesmo ter sua legitimidade questionada”.

Bolsonaro e PT. Na sabatina do jornal O Globo, Alckmin ainda reiterou sua opinião de que muita gente que está votando no candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não sabe que está elegendo o PT. "Muita gente está votando no Bolsonaro e dando passaporte para a volta do PT e o que eu puder fazer para evitar isso vou fazer. Acho que vai ter voto útil, à medida que vai avançando a campanha", disse. /COLABOROU CONSTANÇA REZENDE