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Alckmin defende entrada do setor privado no mercado de petróleo nacional

Ele disse que pretende fazer um grande programa de infraestrutura

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Por Cristian Favaro
Atualização:

O candidato à Presidência pelo PSDB nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, disse que, se eleito, pretende trazer o setor privado para o mercado de petróleo nacional, sobretudo para a área de refino. "Importamos derivados de petróleo. Por que não refina aqui? Porque Petrobrás não tem dinheiro. Nós precisamos trazer o setor privado para ampliar a área de refino", afirmou, durante evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), nesta segunda-feira, 20, em São Paulo. Alckmin destacou também que a greve dos caminhoneiros, que prejudicou o fornecimento de suprimentos em todo o território nacional, criou mais insegurança.

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

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Ele disse que pretende fazer um grande programa de infraestrutura. Para isso, o candidato aposta em um ajuste fiscal rápido e promete zerar, em dois anos, o déficit das contas públicas. O candidato também defendeu a importância de recuperar a capacidade pública de investimento, pauta alinhada com o que pede a Abdib. "Não vamos ter investimento sem crescimento [econômico]. Mas precisamos recuperar a capacidade de investir do Estado", ponderou.

O tucano retomou a defesa de simplificações tributárias, pauta recorrente em sua campanha, além de tributar menos os mais pobres. "Impostos indiretos são extremamente injustos, um Robin Hood às avessas." (Cristian Favaro - cristian.favaro@estadao.com) 

Candidato comenta ataque do MDB

O candidato do PSDB também se defendeu do pedido feito pelo MDB, que pode tirar dele o apoio de alguns partidos de sua coligação nas eleições 2018. "Não pode um partido que nem é da aliança questionar a aliança do outro", argumentou, durante o evento.

Algumas siglas aliadas do tucano teriam aprovado em suas convenções apenas a aliança com o PSDB, quando deveriam ter colocado na ata todas as nove siglas que apoiam Alckmin. O prazo para mudanças na ata das convenções se encerrou. Portanto, não há mais como fazer adendos. Se o TSE aceitar a exclusão dos partidos, Alckmin terá diminuído seu tempo na TV.

"Não tem o menor sentido isso. Eu estive na convenção de todos os partidos que nos apoiam. É claro que a data das convenções não são todas no mesmo dia. Quem fez a convenção primeiro não sabe quais partidos vão participar", argumentou, na saída do evento, a jornalistas.

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Alckmin sobre resultado de pesquisa: 'é como perfume, não é para tomar; campanha só começa dia 31'

Geraldo Alckmin defendeu-se do seu desempenho ainda tímido na pesquisa de intenção de voto CNT/MDA. "Já foi dito que pesquisa é como perfume, não é para tomar. É para observá-la. A campanha só vai começar oficialmente a partir do dia 31, que é quando começa a campanha eleitoral na TV", argumentou.

Segundo apurou o instituto MDA, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava Jatoalcançou 37,3% das intenções de voto. O petista continua crescendo na preferência eleitoral e saltou de 32,4%, em maio, para 37,3% neste momento. Atrás do petista aparecem Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8%, e Marina Silva (Rede), com 5,6%. O candidato do PSDB à Presidência está em 4º lugar no levantamento, com 4,9% das intenções.

"A decisão de voto da próxima eleição nem começou ainda. O debate, as propostas...", afirmou Alckmin.

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