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Aécio minimiza influência no crescimento de aliado em BH

Por MARCELO PORTELA
Atualização:

O governador Aécio Neves (PSDB) minimizou sua influência na arrancada nas pesquisas de intenção de votos do candidato do PSB à prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Lacerda passou do quarto para primeiro colocado nas últimas sondagens da capital. "Acho que há um certo exagero, uma superestimação da minha presença e da minha importância nessa campanha", afirmou o governador durante ato de campanha de Lacerda na região central de Belo Horizonte nesta segunda-feira, ao lado do prefeito Fernando Pimentel (PT), outro articulador da candidatura. As declarações de Aécio contrastam com avaliação feita por cientistas políticos e até por integrantes da própria candidatura. O deputado estadual Marcos Pestana (PSDB), que está licenciado do cargo de secretário de Estado da Saúde para participar da coordenação da campanha do PSB, atribuiu a subida de Lacerda nos últimos levantamentos à identificação do candidato com Aécio e Pimentel. "Já tínhamos expectativa de subida nas pesquisas. Há seis anos há um trabalho conjunto do governador Aécio e do prefeito Pimentel. Na hora que a população casasse o candidato com esse trabalho, ele cresceria", avaliou Pestana. O próprio Lacerda acredita na influência de Aécio e Pimentel. "A aceitação da nossa candidatura, das nossas teses, tem a ver com os índices de aprovação dos governos municipal e estadual, mas tem a ver também com a minha trajetória, com o meu preparo", avaliou. Aécio também criticou a ação apresentada pela candidata Jô Moraes (PCdoB), que perdeu a liderança para Lacerda nas pesquisas, pedindo à Justiça Eleitoral de Minas Gerais que proíba o uso de depoimentos do governador nos programas eleitorais do PSB. O argumento é que o PSDB não integra a coligação de Lacerda, o apoio é informal. "Eu estou absolutamente tranqüilo. O meu partido teve uma posição, tomada em sua convenção, de apoio ao candidato Márcio Lacerda, e eu continuarei à disposição da campanha para aparecer como for: caminhando aqui, como estamos hoje. No programa eleitoral, enquanto a Justiça Eleitoral definir que esse é o caminho", acrescentou.

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