08 de setembro de 2014 | 16h50
Depois de chamar no fim de semana as novas denúncias envolvendo a Petrobrás de "mensalão 2", o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, acusou a base de sustentação do governo de ser "alimentada" por recursos da corrupção. "Segundo denúncias de um diretor dos mais prestigiados pelo atual governo, a base de sustentação desse governo vem sendo alimentada por recursos ilícitos, recursos da corrupção", disse o tucano. A declaração foi feita em Marabá, no Pará, onde o presidenciável cumpre agenda nesta segunda-feira, 8.
Reportagem publicada na revista Veja desta semana afirma que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, revelou ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal que três governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais foram beneficiados com propinas para facilitar contratos com a companhia. Entre os políticos citados estariam os ex-governadores Roseana Sarney (Maranhão), Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco), que morreu em um acidente aéreo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), e os deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Todos são aliados ou pertencem à base de Dilma no Congresso Nacional.
"Não faço um pré-julgamento pessoal em relação à citação desse ou daquele nome. Mas o fato concreto, e quem diz isso é a Polícia Federal, é que existe uma organização criminosa atuando no seio da maior empresa pública brasileira", disse Aécio. Os tucanos apostam no caso como um tábua de salvação para alvejar os petistas e o PSB e, com isso, tirar o candidato da terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto.
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