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Adversários de Bolsonaro correm, agora, contra o relógio

Pesquisa Ibope mostra o que parecia impossível dois anos trás: a candidatura sólida do deputado do PSL nas eleições 2018

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Por Marcelo de Moraes
Atualização:

A pesquisa Ibope mostra o que parecia impossível dois anos atrás: uma candidatura presidencial sólida do polêmico Jair Bolsonaro. Com Lula na disputa – o que não deverá acontecer já que está inelegível pela Lei da Ficha Limpa –, Bolsonaro seria o único com potencial para impedir a vitória do petista. No cenário sem Lula, ele vai mais longe, chega a um patamar de 20%, e lidera.

A consequência prática disso é que seus adversários correm, agora, contra o relógio, já que têm menos de um mês e meio para tentar desconstruir essa vantagem, o que parece ser cada vez mais difícil a essa altura.

Jair Bolsonaro durante evento na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio Foto: Fabio Motta/Estadão

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Com esse panorama, talvez a opção menos difícil para os outros candidatos seja brigar para estar com Bolsonaro no segundo turno em vez de se preocupar em tirá-lo de lá. Porque a segunda posição, neste momento, está completamente aberta. 

Ainda não se sabe a capacidade que Lula terá de transferir seu potencial eleitoral para Haddad. Se passar metade, o petista chega ao segundo turno. Mas, numa eleição muito fragmentada, esse voto pode se espalhar, como o Ibope vem indicando. Neste momento, Marina, ex-petista, é a maior beneficiada dessa migração do eleitor de Lula, já que dobra sua votação no cenário sem o ex-presidente.

Também há um outro fator para embolar ainda mais essa eleição: 29% dos eleitores estão dispostos a votar em branco ou anular, no cenário sem Lula. Somando a esse grupo os 9% que estão indecisos, o total do não voto pula para 38%, o que é uma fatia bem expressiva. Quem conquistar um pedaço dessa turma também entra no jogo.