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Adesão cresce em regiões de maior escolaridade

Por Ricardo Chapola e Lucas Azevedo
Atualização:

Felipe Lima faz parte do eleitorado que se filiou a uma sigla no ano anterior a uma eleição municipal. Ele ingressou no PSDB em 2011 e, embora a legenda tenha perdido o pleito de 2012 em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, diz ter visto um crescimento inédito da sigla de 2004 a 2011, quando o PSDB governou a cidade. "Em 2003, o PSDB tinha 300 filiados. Em 2011, 1.600. Sem falar na bancada na Câmara Municipal que, até 2000, era muito pequena. Em 2004, elegemos dois vereadores. Em 2008, quatro."No Rio Grande do Sul, o índice de 15,8% do eleitorado filiado (ante 11% da média nacional) é atribuído ao associativismo, à influência europeia e ao maior acesso à informação. Edinei Machado, de Mostardas, litoral gaúcho, é de família engajada. "Sou filiado ao PMDB há cinco anos. Aqui, as pessoas e sabem que, ao se filiarem, estão identificadas com aquela figura partidária.""Sul e Sudeste têm maior qualidade de educação. Isso se revela numa maior participação, que se expressa no vínculo partidário", diz o cientista político Paulo Moura, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). "O Estado tem um nível de associativismo elevado. E não só em partidos", diz o cientista político Benedito Tadeu César, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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