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Acervo de Lula será separado de memorial em SP

Complexo terá dois blocos, inclusive com tíquetes de entrada diferentes, ligados por passarelas; custo do projeto vai de R$ 50 mi a R$ 100 milhões

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Por Roldão Arruda
Atualização:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresenta hoje, a um grupo de 70 convidados, o projeto arquitetônico e museológico do Memorial da Democracia. O encontro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), contará com a participação dos arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, autores do projeto: um complexo com 17 mil metros quadrados de área, na Rua dos Protestantes, na região da Cracolândia. A obra, em concreto armado, será dividida em dois blocos. O maior, em área e altura, abrigará o memorial propriamente dito - um museu cuja proposta é lembrar a história das lutas do povo brasileiro pela democracia. Seu projeto dará ênfase aos aspectos de entretenimento e interatividade. O cenógrafo e designer Gringo Cardia, que já desenvolveu trabalhos nessa área no Brasil e no exterior, foi escolhido para atuar nessa área, ao lado da historiadora Heloísa Starling.O segundo bloco abrigará, no subsolo, o acervo pessoal que Lula acumulou em oito anos na Presidência. Seus pavimentos superiores abrigarão exposições temporárias, salas de pesquisa, cursos e simpósios.Uma das preocupações na apresentação do projeto é enfatizar a separação entre os dois blocos. Segundo Paulo Vannuchi, ex-secretário de Direitos Humanos, integrante da diretoria do Instituto Lula e coordenador do projeto, até o sistema de visitas será dividido, com tíquetes de entrada diferenciados. O museu receberá principalmente estudantes, enquanto a área do acervo deve acolher pesquisadores, turistas e admiradores de Lula.Os blocos ficarão divididos pela Rua dos Gusmões, que atravessa a área de 4,3 mil metros quadrados, cedida pela Prefeitura. No alto, serão conectados por passarelas. Toda a área térrea ficará livre, como uma grande praça, a exemplo do Masp, projetado por Lina Bo Bardi.O custo da obra está estimado entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões, que deverão vir da iniciativa privada e de grupos sindicais. O encontro de hoje, com a presença do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, reunirá conselheiros do Instituto Lula e convidados.

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