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Ponto-a-ponto, uma análise da pesquisa sobre governo Dilma

* Aumentou o grau de conhecimento da população sobre Dilma e seu governo. Uma medida parcial, mas que pode ser lida como proxy de toda a população, é que o porcentual de pessoas que não sabiam o que pensar sobre o governo Dilma caiu de 12% para 3% nos últimos três meses.

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Por Redação
Atualização:

* Esses 9 pontos porcentuais dos indecisos e que entraram agora na avaliação foram mais para as opiniões negativas (+3) e neutras (+4) do que para as positivas (+2). Como o resultado das positivas menos as negativas, o saldo de Dilma foi de 40% para 39%. É estável, mas não significa que nada se passou com a opinião pública. Apenas o resultado dessas mudanças foi um jogo de soma zero.

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* A pesquisa sinaliza que o período "esperar para ver" da opinião pública acabou. O jogo começou para valer e a imagem pessoal da presidente começou a se cristalizar. Aos poucos Dilma vai deixando de ser "a mulher do Lula" para ser a presidente de fato no imaginário das pessoas.

* A maioria absoluta (51%) acha que a inflação vai aumentar (eram 41% há três meses). Também caiu 10 pontos o porcentual dos que acreditam que o poder de compra vai aumentar. Cresceu 7 pontos a fatia dos que acham que ele vai diminuir (são 25%) e a dos que acham que ficará estável tornou-se a maior (foi d e34% para 37%).

* O ímpeto de melhora na renda das famílias perdeu força desde o final do governo Lula. O porcentual de "não é suficiente (dinheiro) às vezes falta" está em 45% há cinco anos, mas o de "exatamente o que precisam para viver" parou de subir em novembro do ano passado e permaneceu em 31% agora.

* O aumento significativo do pessimismo quanto à inflação é uma ameaça séria à popularidade da presidente no futuro próximo. Previsões de aumento de preços são auto-realizáveis. Se as pessoas esperaram que os preços vão subir, podem ficar mais inclinadas a antecipar as compras, aumentando a demanda e pressionando os preços.

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* O aumento do porcentual de regular é um sinal amarelo porque não se trata de opiniões que migraram de opiniões negativas para neutras, mas de positivas ou indecisas para neutro.

* O Datafolha mostra que nos segmentos mais escolarizados o saldo positivo de Dilma caiu de 34 pontos para 25 pontos. No menos escolarizado permaneceu estável em 43 pontos. Também ficou assim na população com ensino médio: 39 pontos de saldo.

* Nas faixas de renda, a maior queda de aprovação de Dilma foi na intermediária, onde o saldo caiu de 34 pontos para 29 pontos. Entre os mais ricos também diminuiu, de 25 para 22 pontos. Na maior faixa, porém, de quem ganha até 5 salários mínimos, ficou praticamente estável, oscilando de 42 para 41 pontos.

* Regionalmente, a popularidade presidencial cresceu no Nordeste, onde o saldo positivo foi de 43 para 47 pontos, oscilou positivamente dentro da margem de erro no Norte/Centro-Oeste (de 38 para 40 pontos) e negativamente no Sul (de 37 para 34 pontos) e caiu no Sudeste (de 40 para 34 pontos).

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