Transparência e publicidade das doações eleitorais

Demorou mas chegou. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que os partidos devem discriminar a origem do dinheiro transferido pelas legendas aos candidatos é uma medida muito importante.

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Por Redação
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Sem isso, os candidatos conseguiam ocultar quem financiava suas campanhas, pois os doadores mandavam o dinheiro para caixa partidário e de lá, devidamente lavado, ele era distribuído ao candidato que o doador queria beneficiar.

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A decisão do TSE deve ser elogiada e defendida por quem quer transparência e publicidade das doações eleitorais. É preciso mobilização da sociedade para garantir que essa medida seja implementada imediatamente.

Caso contrário, há uma boa chance de o lobby obscurantista prevalecer e o Congresso derrubar a decisão do TSE. Cabe perguntar: por que os parlamentares que defendem a caixa-preta estão fazendo isso? Têm eles algo a esconder?

Quem não precisa se preocupar com a origem do dinheiro que financia sua campanha deveria vir a público defender o TSE. E se distinguir daqueles que querem o sigilo de quem os financia.

É justo reconhecer que essa decisão do TSE se deve, em muito, à batalha que a ONG Transparência Brasil vem travando há anos pela publicidade das contas públicas e especialmente das doações e despesas eleitorais. Sem o trabalho da Transparência e do seu diretor-executivo, Claudio Weber Abramo, muito provavelmente os ministros do TSE não tivessem chegado a essa decisão.

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