A rapidez do recuo leva a crer que as omissões tenham sido obra de assessores mais realistas do que o rei. Essa impressão é reforçada pela justificativa mais do que precária oferecida na segunda-feira por Sarney para a omissão do impeachment. Foi tão frágil que pareceu ter sido improvisada na hora.
O recuo não transforma a linha do tempo do Senado em um relato histórico preciso, dadas outras omissões (como a aprovação da lei do divórcio) e o peso desproporcional aos feitos dos parlamentares ainda vivos. Mas pelo menos Fernando Collor (PTB-AL) e Lindberg Farias (PT-RJ) poderão passar pelo longo corredor sabendo que não foram esquecidos.