A história prevaleceu sobre a torcida: a Copa no Brasil não teve nenhum impacto na eleição presidencial - como não tiveram nenhuma das Copas anteriores. O Ibope confirma que Dilma Rousseff (PT) continua no mesmo patamar em que estava antes de a bola rolar, bem como seus adversários. O campeonato foi um intervalo para as arquibancadas. Mas, como no futebol, torcida não ganha jogo. O que conta, para variar, é o poder econômico.
A pesquisa mostra que a economia não está tão bem quanto gostaria o governo, nem tão ruim quanto poderia desejar a oposição. Para 24% dos brasileiros, a situação econômica do Brasil está ótima/boa. Uma parcela equivalente, de 25%, acha o oposto, que está ruim/péssima. E a maior parte, 48%, que está regular. Apesar disso, o otimismo ainda supera o pessimismo: 34% acham que vai melhorar em 2015, contra 18% que apostam na piora. A maior parte, de 41%, acha que vai ficar como está.
Isso explica a nota baixa dada ao governo, mas suficiente, por ora, para Dilma passar de ano, mesmo que raspando: 5,4. A presidente já gastou grande parte do capital político que herdou do antecessor. Por essa mesmo época da campanha, quatro anos atrás, o governo Lula tinha nota 7,8.
A maior parte (42%) ainda acha que seu poder de compra melhorou, mas essa taxa era 30 pontos maior há quatro anos. A questão é se o capital herdado por Dilma dura até o fim da eleição.
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