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Marina iguala potencial de voto de Dilma, com rejeição menor

Marina Silva (sem partido) é a maior beneficiada pela perda de popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) após o início da onda de protestos de rua em junho. Na simulação de segundo turno entre as duas feita pelo Ibope, elas aparecem tecnicamente empatadas: Dilma tem 35% contra 34% de Marina. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

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Por Redação
Atualização:

Outros 19% dizem que, nesse cenário de segundo turno, anulariam ou votariam em branco. E os 13% restantes não souberam ou não quiseram responder. A alta taxa de branco/nulo é mais um indicativo do descontentamento do eleitor com os políticos.

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Apenas Marina consegue empatar com Dilma nas simulações de segundo turno pesquisadas pelo Ibope. No confronto dois a dois contra Aécio Neves (PSDB), a presidente leva 12 pontos de vantagem: 38% a 26%. A taxa de branco/nulo, porém, sobe de 19% para 24% nesse cenário, mostrando que parte dos eleitores que votariam em Marina preferem anular a votar no tucano.

Contra Eduardo Campos (PSB) ou contra o presidente do STF, Joaquim Barbosa, Dilma teia uma vantagem mais folgada do que contra Aécio. A presidente bateria o governador de Pernambuco por 39% a 19%, e venceria Barbosa por 40% a 22%, se a eleição fosse hoje. Esses foram os únicos cenários testados pelo Ibope como simulações de segundo turno.

Potencial de voto

Outra parte da pesquisa confirma que Marina é, hoje, a principal adversária de Dilma na corrida sucessória: a que mede o potencial de voto de cada candidato a presidente. O Ibope perguntou aos eleitores qual sua atitude em relação a cada um dos presidenciáveis: se votaria com certeza, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum, se não sabe ou não conhece.

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Desde março, o potencial de voto de Marina cresceu de 40% para 50%. Essa é a soma dos que votariam com certeza nela (16%) com aqueles que poderiam votar (34%). Ao mesmo tempo, o potencial de Dilma caiu de 76% para 49%. Eles se equivalem, mas o voto na petista ainda é mais firme: 26% votariam nela com certeza (eram 52%), enquanto outros 23% dizem que poderiam votar.

O principal problema de Dilma é que sua rejeição mais do que dobrou em quatro meses. Em março, apenas 20% dos eleitores diziam que não votariam nela de jeito nenhum. Agora essa taxa subiu para 43% e, comparativamente, é a maior entre os cinco candidatos testados pelo Ibope.

Ao mesmo tempo, o porcentual dos que dizem que não votariam em Marina caiu de 40% para 29%. Foi a única entre os quatro presidenciáveis da oposição que viu sua taxa de rejeição cair além da margem de erro.

Mesmo assim, o potencial de voto dos outros três possíveis candidatos oposicionistas também cresceu. Em março, o de Aécio chegava a 25% (7% votariam com certeza e 18% poderiam votar). Agora, ele é de 34% (11% + 23%). A diferença, segundo os eleitores, é que o tucano tornou-se mais conhecido.

O fenômeno se repetiu com Eduardo Campos e com Joaquim Barbosa. O potencial de voto do governador de Pernambuco aumentou de 10% para 26% (5% + 21%). E o do presidente do STF praticamente dobrou, de 17% para 32% (6% + 26%).

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