Esse tipo de votação, adotada em democracias avançadas como o Afeganistão, tende a lotar o Congresso de celebridades: campeões do esporte, famosos da TV, palhaços. Gente com pouca prática política que quando chega a Brasília é facilmente manobrada pelos veteranos da Câmara.
Mas não tem problema, porque a outra metade das vagas seria preenchida apenas por profissionais. Em vez de o eleitor votar em um candidato, ele daria seu voto para uma lista. Entram apenas os que estão no topo da lista. Como quem faz a ordem da lista são os burocratas partidários, não é difícil imaginar quem ficaria nos primeiros lugares.
Por isso essa reforma eleitoral já tem apelido. É a reforma Tiririca: pior que está fica.