Corta. Nova cena.
Debate da Record. Serra parte para o ataque a Dilma Rousseff (PT). Foi "combativo" em alguns títulos sobre o debate, "agressivo" em outros, ou "arrogante", na provocação feita pela adversária. Mudou não só as palavras, como nas menções ao escândalo "Erenicegate", mas também no gestual, nas expressões faciais, na voz e até na cor da gravata. Foi uma nova estratégia, a 180 graus da anterior.
Parênteses: Dilma foi confusa, desenvolta como um carro usando gasolina batizada, trocou palavras, não teve carisma. Mas ela tem sido assim em todos os debates. Não perdeu votos até agora por isso. Possivelmente porque seus eleitores não votam nela por suas qualidades pessoais, mas pelo que pensam que ela representa: continuidade. Fecha parênteses.
Ao mesmo tempo que Serra trocava de estratégia pela segunda vez em 15 dias, seu vice, Índio da Costa (DEM), dizia que todos os institutos estão errados, e apenas as pesquisas da campanha estão certas. Segundo o político, elas apontariam empate técnico entre Serra e Dilma.
Se é assim, por que mudar de estratégia novamente?
Ou a vitimização teve o efeito oposto ao esperado pelos estrategistas tucanos, ou as sondagens da campanha citadas por índio estão certas e, mesmo assim, Serra resolveu mudar uma estratégia vencedora. O que não parece plausível é conciliar as duas. "Vítima" "agressiva" não funciona.