Datafolha indica estabilidade; eleitor vaivém é o novo alvo

A nova pesquisa do Datafolha aponta estabilidade na corrida presidencial. José Serra (PSDB) parou de crescer, e Dilma Rousseff (PT) parou de cair. Seguem com os mesmos 54% a 46%, em favor da petista, medidos pelo instituto na semana passada.

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Por Redação
Atualização:

O tucano deu um salto na pesquisa anterior porque serviu de receptáculo para a maioria dos votos que foram para Marina Sila (PV) no primeiro turno. Passada essa primeira onda, ele perdeu impulso. Como o Ibope apontara, o Nordeste serviu de freio para a queda de Dilma.

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As oscilações do eleitorado tendem a ser menos dramáticas e mais graduais do que foram até agora. A grande maioria dos eleitores de Marina já se acomodou. Não esperou a orientação de ninguém.

A definição da eleição se dará em torno de dois grupos, parecidos entre si. Os indecisos, que são 8% para o Datafolha e 3% para o Ibope, e aqueles eleitores que não morrem de amores nem de ódio por Dilma ou Serra.

É o mais próximo que se poderia chegar dos "swing voters" norte-americanos e ingleses, o eleitorado que oscila entre candidatos ao longo de uma campanha, ou de uma eleição para outra.

Os "eleitores vaivém" brasileiros não têm um perfil demográfico único e são difíceis de quantificar, mão não chegam a 20% do eleitorado total. Têm em comum um voto sem entusiasmo. Optam pelo "menos pior".

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São diferentes daqueles que não votarão em um candidato, mas "contra" aquele que não querem ver eleito. Este é o caso da eleitora religiosa de Marina, que descartou Dilma por causa da legalização do aborto, e dificilmente voltará a votar nela.

Como a distância entre Dilma e Serra é muito pequena, qualquer assunto ou grupo de eleitores (como o aborto/religiosos no primeiro turno) pode fazer diferença, por menor que possa parecer.

Promessas de ações ou obras regionais que cativem o interesse de comunidades específicas também podem, somadas, produzir pequenos mas cruciais ganhos de votos nesta reta final.

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