O governo federal corre para por de pé o plano de ajuda aos cerca de 40 mil venezuelanos refugiados em Roraima. Reunião na Casa Civil, nesta semana, identificou que aumenta o risco de uma explosão social: milhares de refugiados estão ao relento e em neste mês começa o período de chuvas na região amazônica.
O governo vai editar nos próximos dias uma Medida Provisória para liberar recursos para o governo do Estado e a prefeitura de Boa Vista. Os recursos devem chegar a R$ 190 milhões.
O Exército irá construir pelo menos três estruturas na região: um centro de triagem na fronteira dos dois países, na cidade de Pacaraima, no lado brasileiro, e dois abrigos com capacidade para 1500 pessoas cada, um em Boa Vista e outro em Pacaraima.
Houve uma controvérsia na reunião, porque ficou decidido que no centro de triagem na fronteira apenas serão apresentados documentos e os emigrantes terão as bagagens revistadas, mas não será exigido certificado de vacinação. Isso contraria os pedidos dos governos do Estado de Roraima e da prefeitura de Boa Vista, que enfrentam um surto de sarampo.
Mesmo com essa promessa de ajuda, os governos de Roraima e Boa Vista dizem que com o início da temporada de chuvas deve tornar a situação ainda mais crítica.