Vera Magalhães
15 de setembro de 2016 | 14h02
Nem tudo foram flores no café da manhã do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com deputados de vários partidos na residência oficial da presidência da Câmara, na quarta-feira. Embora Meirelles e Rodrigo Maia (DEM-RJ) tenham ensaiado o tom dos discursos na saída, a verdade é que o ministro ouviu dos presentes que a proposta de emenda constitucional que define o teto de gastos do setor público terá de receber emendas para ser aprovada.
Parlamentares avisaram a Meirelles que deverão apresentar emendas garantindo que não haja redução de recursos para Saúde e Educação. Haveria uma regra de que os gastos com essas áreas não poderiam ser inferiores aos do ano anterior, mesmo com o cálculo do teto.
O discurso do governo até aqui é que a proposta tem de ser aprovada em sua integralidade, sem concessões nem alterações.
Apesar de terem acordado o cronograma para votar a PEC na comissão especial em outubro, os deputados não fecharam questão quanto ao mérito.
A reforma da Previdência também foi objeto de discussão, e os deputados saíram do encontro com a convicção de que, a despeito das declarações de Michel Temer, o projeto não será enviado à Câmara antes da eleição.
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