A disputa eleitoral nas redes sociais

Troca de mensagens entre empresários bolsonaristas reacende temor de golpe no Twitter


Monitor de Redes do 'Estadão' mostra que debate sobre o assunto cresceu nas redes após revelações de conversas

Por Redação

A troca de mensagens de teor golpista em um grupo de WhatsApp formado por empresários bolsonaristas, revelada nesta quarta-feira, 17, pelo site Metrópoles, reacendeu o temor de uma ruptura institucional no Twitter. Segundo o Monitor de Redes do Estadão, o assunto teve 120 mil menções entre 17 e 18 de agosto. Antes, ao longo do mês de agosto, a média era de 19,3 mil publicações diárias.

O presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang. Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo
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A ferramenta do Estadão foi criada em parceria com a empresa Torabit e analisa postagens públicas para acompanhar o desempenho dos candidatos e a popularidade de assuntos diversos nas plataformas digitais. A pesquisa sobre a palavra "golpe" restringe os resultados a posts que se referem a uma ameaça autoritária no Brasil, incluindo termos como "militar", "art. 142" e "Forças Armadas".

O levantamento mostra que, nos dois últimos dias, o debate se concentra em termos como "empresários" e o nome de empresas pelas quais os integrantes do grupo de WhatsApp respondem: Coco Bambu, de Afrânio Barreira; Mormaii, de Marco Aurélio Raymundo; Barra World Shopping, de José Koury; Havan, de Luciano Hang; Multiplan, de José Isaac Peres; e W3 Engenharia, de Ivan Wrobel. A reação é amplamente negativa, com 75 mil posts classificados dessa forma pelo monitor.

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Nuvem de palavras mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

A frequência de hashtags mostra que a pauta se concentra entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também há mobilização bolsonarista para desqualificar a reportagem, dizendo que o site Metrópoles não seria confiável, e expressões declaradamente golpistas, como #euautorizopresidente.

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Nuvem de hashtags mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

As postagens de maior repercussão no Twitter, segundo a análise do Estadão, listam o nome das empresas dos envolvidos no caso. Políticos de oposição ao governo federal como Guilherme Boulos (PSOL) e Humberto Costa (PT) também geraram engajamento na pauta entre seus seguidores. 

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Pelo lado bolsonarista, Luciano Hang aparece em alta no ranking dizendo que o golpe está "na cabeça deles" e reproduzindo um vídeo em que Bolsonaro ataca a imprensa para rebater as acusações. Outros perfis mencionam o nome das mesmas empresas, mas de forma positiva, alegando que os donos não admitem um "golpe" nas urnas, da qual não há evidências.

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Picos. Levantamento da consultoria Bites mostra que o interesse sobre "golpe" no Twitter cresceu desde o começo do ano e que as menções foram puxadas principalmente por agendas relacionadas ao governo federal.

Em 19 de julho, dia seguinte à reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores no Palácio do Planalto, foram contabilizadas 118 mil menções a golpe. A pauta ainda continuou em alta no dia 20, com 72 mil posts.

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Na ocasião, a oposição tomou conta das publicações. Já a direita ironizou a postura e usou o termo para alegar que existiria um golpe do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em curso contra Bolsonaro. 

A apresentação de Bolsonaro aos embaixadores conseguiu superar a quantidade de menções a "golpe" até mesmo em relação a 31 de março, efeméride do golpe militar de 1964. O debate no Twitter envolveu 65 mil posts naquela data.

Entre as publicações de maior tração na rede apareceram críticas a uma nota assinada pelo então ministro da Defesa, general Braga Netto, e posts contrariando teses de "revolução" e "contragolpe" espalhadas por grupos radicais de direita em relação ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil.

O relatório da Bites mostra ainda outros dois picos de menções: 3 de fevereiro, quando o ministro Luís Roberto Barroso escreveu artigo dizendo que o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) teve como "motivo real" a falta de apoio político (com 72 mil menções), e entre os dias 21 e 22 de abril (106 mil menções), quando as redes repercutiram a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo STF e o indulto. / Samuel Lima, Gustavo Queiroz e Levy Teles.

A troca de mensagens de teor golpista em um grupo de WhatsApp formado por empresários bolsonaristas, revelada nesta quarta-feira, 17, pelo site Metrópoles, reacendeu o temor de uma ruptura institucional no Twitter. Segundo o Monitor de Redes do Estadão, o assunto teve 120 mil menções entre 17 e 18 de agosto. Antes, ao longo do mês de agosto, a média era de 19,3 mil publicações diárias.

O presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang. Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

A ferramenta do Estadão foi criada em parceria com a empresa Torabit e analisa postagens públicas para acompanhar o desempenho dos candidatos e a popularidade de assuntos diversos nas plataformas digitais. A pesquisa sobre a palavra "golpe" restringe os resultados a posts que se referem a uma ameaça autoritária no Brasil, incluindo termos como "militar", "art. 142" e "Forças Armadas".

O levantamento mostra que, nos dois últimos dias, o debate se concentra em termos como "empresários" e o nome de empresas pelas quais os integrantes do grupo de WhatsApp respondem: Coco Bambu, de Afrânio Barreira; Mormaii, de Marco Aurélio Raymundo; Barra World Shopping, de José Koury; Havan, de Luciano Hang; Multiplan, de José Isaac Peres; e W3 Engenharia, de Ivan Wrobel. A reação é amplamente negativa, com 75 mil posts classificados dessa forma pelo monitor.

Nuvem de palavras mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

A frequência de hashtags mostra que a pauta se concentra entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também há mobilização bolsonarista para desqualificar a reportagem, dizendo que o site Metrópoles não seria confiável, e expressões declaradamente golpistas, como #euautorizopresidente.

Nuvem de hashtags mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

As postagens de maior repercussão no Twitter, segundo a análise do Estadão, listam o nome das empresas dos envolvidos no caso. Políticos de oposição ao governo federal como Guilherme Boulos (PSOL) e Humberto Costa (PT) também geraram engajamento na pauta entre seus seguidores. 

Pelo lado bolsonarista, Luciano Hang aparece em alta no ranking dizendo que o golpe está "na cabeça deles" e reproduzindo um vídeo em que Bolsonaro ataca a imprensa para rebater as acusações. Outros perfis mencionam o nome das mesmas empresas, mas de forma positiva, alegando que os donos não admitem um "golpe" nas urnas, da qual não há evidências.

Picos. Levantamento da consultoria Bites mostra que o interesse sobre "golpe" no Twitter cresceu desde o começo do ano e que as menções foram puxadas principalmente por agendas relacionadas ao governo federal.

Em 19 de julho, dia seguinte à reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores no Palácio do Planalto, foram contabilizadas 118 mil menções a golpe. A pauta ainda continuou em alta no dia 20, com 72 mil posts.

Na ocasião, a oposição tomou conta das publicações. Já a direita ironizou a postura e usou o termo para alegar que existiria um golpe do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em curso contra Bolsonaro. 

A apresentação de Bolsonaro aos embaixadores conseguiu superar a quantidade de menções a "golpe" até mesmo em relação a 31 de março, efeméride do golpe militar de 1964. O debate no Twitter envolveu 65 mil posts naquela data.

Entre as publicações de maior tração na rede apareceram críticas a uma nota assinada pelo então ministro da Defesa, general Braga Netto, e posts contrariando teses de "revolução" e "contragolpe" espalhadas por grupos radicais de direita em relação ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil.

O relatório da Bites mostra ainda outros dois picos de menções: 3 de fevereiro, quando o ministro Luís Roberto Barroso escreveu artigo dizendo que o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) teve como "motivo real" a falta de apoio político (com 72 mil menções), e entre os dias 21 e 22 de abril (106 mil menções), quando as redes repercutiram a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo STF e o indulto. / Samuel Lima, Gustavo Queiroz e Levy Teles.

A troca de mensagens de teor golpista em um grupo de WhatsApp formado por empresários bolsonaristas, revelada nesta quarta-feira, 17, pelo site Metrópoles, reacendeu o temor de uma ruptura institucional no Twitter. Segundo o Monitor de Redes do Estadão, o assunto teve 120 mil menções entre 17 e 18 de agosto. Antes, ao longo do mês de agosto, a média era de 19,3 mil publicações diárias.

O presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang. Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

A ferramenta do Estadão foi criada em parceria com a empresa Torabit e analisa postagens públicas para acompanhar o desempenho dos candidatos e a popularidade de assuntos diversos nas plataformas digitais. A pesquisa sobre a palavra "golpe" restringe os resultados a posts que se referem a uma ameaça autoritária no Brasil, incluindo termos como "militar", "art. 142" e "Forças Armadas".

O levantamento mostra que, nos dois últimos dias, o debate se concentra em termos como "empresários" e o nome de empresas pelas quais os integrantes do grupo de WhatsApp respondem: Coco Bambu, de Afrânio Barreira; Mormaii, de Marco Aurélio Raymundo; Barra World Shopping, de José Koury; Havan, de Luciano Hang; Multiplan, de José Isaac Peres; e W3 Engenharia, de Ivan Wrobel. A reação é amplamente negativa, com 75 mil posts classificados dessa forma pelo monitor.

Nuvem de palavras mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

A frequência de hashtags mostra que a pauta se concentra entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também há mobilização bolsonarista para desqualificar a reportagem, dizendo que o site Metrópoles não seria confiável, e expressões declaradamente golpistas, como #euautorizopresidente.

Nuvem de hashtags mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

As postagens de maior repercussão no Twitter, segundo a análise do Estadão, listam o nome das empresas dos envolvidos no caso. Políticos de oposição ao governo federal como Guilherme Boulos (PSOL) e Humberto Costa (PT) também geraram engajamento na pauta entre seus seguidores. 

Pelo lado bolsonarista, Luciano Hang aparece em alta no ranking dizendo que o golpe está "na cabeça deles" e reproduzindo um vídeo em que Bolsonaro ataca a imprensa para rebater as acusações. Outros perfis mencionam o nome das mesmas empresas, mas de forma positiva, alegando que os donos não admitem um "golpe" nas urnas, da qual não há evidências.

Picos. Levantamento da consultoria Bites mostra que o interesse sobre "golpe" no Twitter cresceu desde o começo do ano e que as menções foram puxadas principalmente por agendas relacionadas ao governo federal.

Em 19 de julho, dia seguinte à reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores no Palácio do Planalto, foram contabilizadas 118 mil menções a golpe. A pauta ainda continuou em alta no dia 20, com 72 mil posts.

Na ocasião, a oposição tomou conta das publicações. Já a direita ironizou a postura e usou o termo para alegar que existiria um golpe do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em curso contra Bolsonaro. 

A apresentação de Bolsonaro aos embaixadores conseguiu superar a quantidade de menções a "golpe" até mesmo em relação a 31 de março, efeméride do golpe militar de 1964. O debate no Twitter envolveu 65 mil posts naquela data.

Entre as publicações de maior tração na rede apareceram críticas a uma nota assinada pelo então ministro da Defesa, general Braga Netto, e posts contrariando teses de "revolução" e "contragolpe" espalhadas por grupos radicais de direita em relação ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil.

O relatório da Bites mostra ainda outros dois picos de menções: 3 de fevereiro, quando o ministro Luís Roberto Barroso escreveu artigo dizendo que o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) teve como "motivo real" a falta de apoio político (com 72 mil menções), e entre os dias 21 e 22 de abril (106 mil menções), quando as redes repercutiram a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo STF e o indulto. / Samuel Lima, Gustavo Queiroz e Levy Teles.

A troca de mensagens de teor golpista em um grupo de WhatsApp formado por empresários bolsonaristas, revelada nesta quarta-feira, 17, pelo site Metrópoles, reacendeu o temor de uma ruptura institucional no Twitter. Segundo o Monitor de Redes do Estadão, o assunto teve 120 mil menções entre 17 e 18 de agosto. Antes, ao longo do mês de agosto, a média era de 19,3 mil publicações diárias.

O presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang. Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

A ferramenta do Estadão foi criada em parceria com a empresa Torabit e analisa postagens públicas para acompanhar o desempenho dos candidatos e a popularidade de assuntos diversos nas plataformas digitais. A pesquisa sobre a palavra "golpe" restringe os resultados a posts que se referem a uma ameaça autoritária no Brasil, incluindo termos como "militar", "art. 142" e "Forças Armadas".

O levantamento mostra que, nos dois últimos dias, o debate se concentra em termos como "empresários" e o nome de empresas pelas quais os integrantes do grupo de WhatsApp respondem: Coco Bambu, de Afrânio Barreira; Mormaii, de Marco Aurélio Raymundo; Barra World Shopping, de José Koury; Havan, de Luciano Hang; Multiplan, de José Isaac Peres; e W3 Engenharia, de Ivan Wrobel. A reação é amplamente negativa, com 75 mil posts classificados dessa forma pelo monitor.

Nuvem de palavras mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

A frequência de hashtags mostra que a pauta se concentra entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também há mobilização bolsonarista para desqualificar a reportagem, dizendo que o site Metrópoles não seria confiável, e expressões declaradamente golpistas, como #euautorizopresidente.

Nuvem de hashtags mais frequentes em posts sobre 'golpe'. Fonte: Torabit Foto: Estadão

As postagens de maior repercussão no Twitter, segundo a análise do Estadão, listam o nome das empresas dos envolvidos no caso. Políticos de oposição ao governo federal como Guilherme Boulos (PSOL) e Humberto Costa (PT) também geraram engajamento na pauta entre seus seguidores. 

Pelo lado bolsonarista, Luciano Hang aparece em alta no ranking dizendo que o golpe está "na cabeça deles" e reproduzindo um vídeo em que Bolsonaro ataca a imprensa para rebater as acusações. Outros perfis mencionam o nome das mesmas empresas, mas de forma positiva, alegando que os donos não admitem um "golpe" nas urnas, da qual não há evidências.

Picos. Levantamento da consultoria Bites mostra que o interesse sobre "golpe" no Twitter cresceu desde o começo do ano e que as menções foram puxadas principalmente por agendas relacionadas ao governo federal.

Em 19 de julho, dia seguinte à reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores no Palácio do Planalto, foram contabilizadas 118 mil menções a golpe. A pauta ainda continuou em alta no dia 20, com 72 mil posts.

Na ocasião, a oposição tomou conta das publicações. Já a direita ironizou a postura e usou o termo para alegar que existiria um golpe do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em curso contra Bolsonaro. 

A apresentação de Bolsonaro aos embaixadores conseguiu superar a quantidade de menções a "golpe" até mesmo em relação a 31 de março, efeméride do golpe militar de 1964. O debate no Twitter envolveu 65 mil posts naquela data.

Entre as publicações de maior tração na rede apareceram críticas a uma nota assinada pelo então ministro da Defesa, general Braga Netto, e posts contrariando teses de "revolução" e "contragolpe" espalhadas por grupos radicais de direita em relação ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil.

O relatório da Bites mostra ainda outros dois picos de menções: 3 de fevereiro, quando o ministro Luís Roberto Barroso escreveu artigo dizendo que o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) teve como "motivo real" a falta de apoio político (com 72 mil menções), e entre os dias 21 e 22 de abril (106 mil menções), quando as redes repercutiram a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo STF e o indulto. / Samuel Lima, Gustavo Queiroz e Levy Teles.

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