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A disputa eleitoral nas redes sociais

Petistas lançam ofensiva 'Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula' nas redes, mas perdem para hashtag bolsonarista

Adversários do partido criticaram o mote adotado pelo PT

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Por Redação
Atualização:

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta usar as redes sociais para recuperar espaço entre o eleitorado evangélico, que, segundo pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PL) está à frente do petista. O deputado federal André Janones, que tem atuado como cabo eleitoral do petista, lançou nesta quarta-feira, 17, uma "missão do dia": fazer a mensagem "Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula" ser compartilhada pela militância.

Deputado André Janones resolveu fazer uma 'missão do dia' para apoiadores de Lula. Foto: Nelson Almeida/AFP

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A publicação de Janones alcançou cerca de 4,7 mil compartilhamentos no Twitter até as 16h. A tentativa de impulsionar o conteúdo faz parte de um esforço maior do PT de combater o avanço de bolsonaristas sobre Lula no meio evangélico. Os perfis da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), do senador Humberto Costa (PT-PE) e do deputado Alexandre Padilha (PT-SP) também compartilharam a mensagem.

Apesar do empenho, o termo ficou apenas alguns instantes nos trending topics, com cerca de 10 mil posts, e perdeu a disputa com uma hashtag contrária ao petista (#LulaRoubouOBrasil, com 17 mil tuítes). A campanha também não havia engrenado até o momento em outras redes sociais, como Facebook e Instagram.

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Na tarde desta terça-feira, Lula afirmou que faz campanha "respeitando" as religiões.

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Adversários do partido criticaram o mote adotado pelo PT. A página do MBL, por exemplo, disse que a sigla passou "três anos e meio criticando a forma como Bolsonaro usa a religião para política" para fazer "exatamente a mesma coisa" durante a campanha eleitoral.

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Estratégia

O pastor Paulo Marcelo Schallenberger, conselheiro de Lula na comunicação com os religiosos, afirma que este não será o único material que vai posicionar a imagem do ex-presidente como um homem "cristão". Outras mensagens estão sendo preparadas pela campanha do petista e serão divulgadas nos próximos dias.

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Como mostrou o Estadão, apoiadores do presidente tentam reeditar a pauta do "kit gay" de 2018, vendendo o ex-presidente como um político que "fecharia igrejas", se eleito. A disputa pelo eleitorado tomou conta dos discursos dos candidatos já no primeiro dia de campanha.

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Em São Bernardo do Campo, Lula acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar manipular a boa-fé de evangélicos e disse que Bolsonaro é "possuído pelo demônio". Em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro voltou a chamar a eleição de "luta do bem contra o mal" e também criticou o que chamou de "fechamento de igrejas" na pandemia de covid-19, reforçando a pauta religiosa da sua campanha.

A campanha do petista deu mostras ainda de que pretende rebater a investida bolsonarista citando três leis aprovadas no Congresso e sancionadas em seu governo: a que permitiu igrejas e associações religiosas terem personalidade jurídica, em 2003, e as leis que instituíram o Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009, e o Dia Nacional do Evangélico, em 2010. /Samuel Lima e Gustavo Queiroz 

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