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A disputa eleitoral nas redes sociais

YouTube remove live de Bolsonaro com embaixadores

Empresa diz que remoção, quase um mês depois do evento, aconteceu após atualização das diretrizes de publicações e agora proíbe que usuários questionem a integridade das eleições de 2014 e 2018

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Por Levy Teles
Atualização:

O encontro com embaixadores transmitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no YouTube em que ele repetiu a tese não comprovada de que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes foi removido pela plataforma de vídeos online nesta quarta-feira, 10. A remoção do conteúdo aconteceu, segundo nota da empresa, por uma atualização de diretrizes feitas neste mesmo dia. Agora, questionar a legitimidade do processo eleitoral de 2014 também é passível de punição, assim como já era sobre 2018.

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"A política de integridade eleitoral do YouTube proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados", diz o texto do comunicado. A punição é de remoção do vídeo e notificação do autor do conteúdo via e-mail.

No mesmo texto, o YouTube destaca que a a política de discurso de ódio também proíbe conteúdo que negue, banalize ou minimize eventos históricos violentos, "incluindo o esfaqueamento de Jair Bolsonaro". "O discurso de ódio não é permitido no YouTube, e removeremos material sobre o esfaqueamento de Jair Bolsonaro que viole esta política se não fornecer contexto educacional, documental, científico ou artístico no vídeo ou áudio.", conclui.

A "live" ficou no ar no YouTube durante quase um mês. A reunião com representantes diplomáticos de outros países ocorreu no dia 18 de julho. Como noticiou o Estadão, plataformas de tecnologia ainda não têm agilidade para processar denúncias de fake news.

A reportagem procurou o Palácio do Planalto e ainda não obteve resposta.

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