É uma questão de autoridade dos tribunais porque as pessoas tendem a aceitar a imposição de resultados ou obrigações que as desagradam se a decisão parte de um procedimento justo e imparcial; especialmente em um contexto em que tantas pessoas discordam sobre o que seria o correto a fazer. Porém raramente os ministros do STF se declaram impedidos ou suspeitos para julgar casos por motivo de relação com a advocacia privada ou de interesse na causa julgada. Nesse cenário, o coletivo de ministros não tem imposto esse dever entre os seus pares e não parece haver motivos para que ocorra algo diferente no presente ou no futuro próximo.
Rubens Glezer, Professor e Coordenador do Supremo em Pauta da FGV Direito SP