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Movimentos, direitos, ideias

Resultado do Censo reanima debate sobre cotas raciais

Os resultados do Censo Demográfico divulgados na sexta-feira, 29, pelo IBGE, favorecem os defensores das cotas raciais nas universidades brasileiras. Evidenciam  que, apesar das políticas afirmativas já existentes no País, as possibilidades de acesso à universidade no meio da população preta ainda são muito menores do que entre brancos. Enquanto 31,1% dos jovens brancos,entre 15 e 24 anos, estão matriculados em alguma escola de nível superior, entre os pretos o número cai para 12,8%, segundo o IBGE.

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Por Roldão Arruda
Atualização:

Na pesquisa, de 2010, um conjunto de 91 milhões de brasileiros se classificaram como brancos (47,7%), cerca de 82 milhões se apresentaram como pardos (43,1%) e 15 milhões, pretos (7,6%). Os amarelos chegaram a quase 2 milhões (1,1%) e os indígenas a 817 mil (0,4%).

Na avaliação do coordenador do Núcleo de Consciência Negra da USP, Leandro Salvático, os dados do IBGE apontam uma vez mais para a necessidade de cotas raciais no sistema de acesso ao ensino superior nas escolas paulistas. "Em algumas universidades do Estado, a situação é pior do que a registrada no conjunto do País pelo IBGE", diz ele. "Tudo indica que a USP é um desses casos. Nos últimos cinco anos, de acordo com informações divulgadas recentemente, apenas 77 estudantes pretos foram admitidos nos cursos mais disputados da escola - medicina, engenharia e direito. Pedimos à reitoria da universidade números sobre o Inclusp, o programa de inclusão social que adota. Não recebemos resposta, mas tudo indica que ele não vem dando resultados."

 Foto: Estadão

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Salvático é mestrando na área de engenharia bioquímica e a entidade que ele coordena faz parte de uma frente, com quase setenta organizações do movimento negro, que defende a implantação de cotas raciais nas universidades do Estado.

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