Roldão Arruda
05 de dezembro de 2012 | 22h24
O prefeito eleito Fernando Haddad (PT) confirmou nesta quarta, 5, a presença de Rogério Sotilli no seu secretariado. Ele vai assumir a direção da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Social de São Paulo.
É uma indicação carregada de significado político. Sottili, que tem 53 anos e é graduado em história, faz parte do quadro de petistas históricos. Participou de três das quatro campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência e desembarcou em Brasília em 2003, no primeiro mandato do ex-líder metalúrgico.
Permaneceu lá até ser chamado por Haddad. Assessorou José Dirceu na chefia da Casa Civil, foi o segundo homem na Secretaria Especial de Direitos Humanos, durante o mandato de Paulo Vannuchi, e atuou como braço direito de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência.
Até a semana passada, cabia a Sottili, como secretário executivo daquela pasta, a tarefa de manter bem azeitadas as relações entre governo e movimentos sociais e sindicais.
Sua transferência confirma a atenção que o PT dá à gestão da maior cidade do País. Quer transformá-la numa vitrine, um modelo capaz de catapultar o partido nas eleições para o Palácio dos Bandeirantes, em 2014. Ontem, ao confirmar a perda do segundo homem na hierarquia de seu ministério, Carvalho disse: “Nós, a presidente Dilma, todos queremos que o governo de São Paulo seja o melhor possível.”
A nomeação também sinaliza a preocupação com pasta de Direitos Humanos e Participação Social. É certo que Haddad enfrentará fortes pressões de movimentos sociais e sindicais. Foi assim nas administrações anteriores do PT, chefiadas por Luiza Erundina e Marta Suplicy.
Nessa conjuntura, a experiência de Sottili na Secretaria-Geral e sua proximidade com organizações e movimentos próximos ao PT podem ser valiosas.
Acompanhe o blog pelo Twitter – @Roarruda