De acordo com os organizadores do evento, o objetivo é recordar e homenagear opositores políticos que foram presos, torturados e assassinados e cujos corpos nunca foram entregues aos familiares. Mas não é só. Serão lembradas também as vítimas atuais de violência policial, cujos corpos estão desaparecidos.
"A pergunta 'Onde Está o Amarildo?', que ecoou tão forte há poucos dias, não é um caso isolado, não é a única histórica de ocultamento de corpo por parte da polícia", diz Anivaldo Padilha, ex-preso político, militante de direitos humanos e líder ecumênico ligado à Igreja Metodista. "É uma prática que vem desde os tempos da ditadura militar. Por isso, em nome de Amarildo, vamos homenagear também os desaparecidos de hoje. Existem muitas famílias que choram seus entes queridos sem saber de seu paradeiro, sem poder dar-lhes uma sepultura digna."
O ato será realizado às 10h30, no Columbário do Araçá. O local foi escolhido por abrigar ossadas de cerca de mil pessoas que foram sepultadas clandestinamente no Cemitério de Perus e que estão aguardando identificação por parte dos órgãos públicos. Há indícios de que alguns desses restos mortais sejam de opositores do regime militar.
A cerimônia religiosa tem o apoio do Conselho Latino Americano de Igrejas e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.
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