Os índios estavam acampados numa área de mata nativa, no interior de uma propriedade rural, às margens da Rodovia MS 386, entre os municípios de Ponta Porã e Aral Moreira, na região sul do Estado. O crime repercutiu internacionalmente e chamou a atenção para a situação dos 44 mil índios guarani-kaiowá e guarani-ñandeva que vivem no Estado. Segundo o texto da denúncia do MPF, ele vivem em "ambiente onde imperam o preconceito, a discriminação, a violência e o constante desrespeito a direitos fundamentais".
De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira, 26, pela assessoria do MPF, após a ocupação da área de mata pela comunidade indígena, em 1º de novembro de 2011, um grupo começou a planejar uma ação para retirá-lo do lugar. A ação ocorreu na madrugada de 18 de novembro.
Ao chegar à trilha que dá acesso ao acampamento, o grupo teria abordado o cacique Nízio Gomes, de 55 anos. Ele teria sido alvejado e morto. Seu corpo nunca foi localizado. Segundo o MPF, porém, há provas e indícios suficientes de homicídio qualificado.
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