O foco da exposição são as décadas de 1940 e 1950, período de maior atividade e difusão de O Cruzeiro, uma publicação do grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Uma das preocupações dos curadores é apresentar um pouco da história do jornalismo naquele período, com a disputa entre duas fortes correntes em torno do papel da fotografia. Por tabela, é possível perceber também o papel da fotografia na construção do pensamento brasileiro; e as mudanças ocorridas de lá para cá.
Fotos de tratores avançando em plena floresta, acompanhadas por textos com rasgados elogios à devastação, mostram que não mudamos o quanto deveríamos, mas que já avançamos. A parte da exposição sobre os contatos com os xavantes e outros grupos indígenas também é reveladora.
A foto apresentada acima é de 1950 e foi feita por Jean Manzon, um dos fotógrafos mais destacados daquele período. Está exposta com a seguinte apresentação: 'Cena urbana com pedestres no centro de São Paulo'. Além de Manzon, aparecem trabalhos de José Medeiros, Henri Ballot, Pierre Verger, Marcel Gautherot, Carlos Moskovics, Flávio Damm e Luiz Carlos Barreto, entre outros.
A exposição fica aberta até 31 de março, de terça a sexta, das 13h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h. A sede paulistana do Instituto Moreira Salles fica no bairro de Higienópolis, na Rua Piauí, 844, 1º andar. A entrada é franca.
Acompanhe o blog pelo Twitter - @Roarruda